sábado, 10 de setembro de 2011

A verdade sobre as relações humanas

      A vida em sociedade se baseia em relações humanas. É unânime perceber que as relações de afeto, de tolerância, de respeito, de carinho é que nos mantém unidos; isso vale para a primeira e menor das sociedades, que é a família, e se estende até a escola, o trabalho e culmina na formação das cidades, estados e países. E é exatamente isso que nos diferencia dos demais seres vivos: a capacidade de nos relacionar, buscando o melhor para a sobrevivência em comunidade. E blá, blá, blá... Agora posso falar a verdade?
      Teoricamente, as relações humanas são o que mantém a funcionalidade das sociedades. Mas ao mesmo tempo, são elas também que impedem o pleno funcionamento dessas sociedades. Ou seja, são TUDO e NADA.
      Desde crianças somos coibidos de dizer tudo o que pensamos. "Mãe, aquela mulher é gorda!". "Não fala isso, menino! Olha o respeito!". Desde, cedo, aprendemos a mentir e omitir fatos. E aprendemos também a guardar nossos medos e angústias num pequeno baú trancado a sete chaves dentro de nossas almas. E o pior, levamos esses grandes "ensinamentos" para os nossos relacionamentos.
       Ironias a parte, vivemos em uma sociedade unida graças as relações de repeito, de tolerância, mas não conseguimos, muitas vezes, sequer manter um relacionamento, seja de amizade ou amoroso. E o grande problema está na comunicação. Aprendemos a mentir, omitir, fingir, esconder nossos sentimentos e esquecemos de algo bem simples: falar, conversar. 
       Evitaríamos 100 relacionamentos frágeis, 200 brigas intermináveis e 1 milhão de lágrimas derramadas. Tudo porque nos foi ensinado que é "mais fácil" não dizer a verdade, já que muitas das vezes ela dói, que é "mais fácil" fingir com um sorriso torto nos lábios do que dizer que não está feliz e que é "mais fácil" calar do que conversar. Estamos falando do ponto de vista de quem? 
      A grande verdade é que as relações humanas não são fáceis nem difíceis. Entretanto, elas são imprescindíveis para a convivência mútua. Para tanto, se queremos construir laços verdadeiros de amizade, de amor devemos ser verdadeiros. Se algo está nos incomodando, se não estamos felizes com alguma situação, falemos! Uma simples conversa, uma verdade dita evitará relacionamentos frágeis e falhos e, consequentemente nos mostrará aqueles que farão parte de nossas vidas plenamente.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

É preciso amar...

      Pode-se chamar de louco aquele que se atreve a descrever com míseras palavras o que é a vida, o que é o amor, o que é a solidão, o que é a felicidade... Entretanto, os homens, têm a infindável necessidade de ter respostas para todas as perguntas. De onde viemos? Para onde vamos? Por que vivemos? E por aí vai...  

      Vagamos neste mundo de loucos buscando respostas para questionamentos, muitas vezes, infundados ou desnecessários. Caminhamos obsessivamente em busca de definições e nos esquecemos simplesmente de viver. Nos detemos tanto em entender o que é o amor, o que é felicidade, em seguir modelos pré-estabelecidos que esquecemos de vivenciar cada momento, como se fosse único, sem querer definir o que aquilo significa para nós.

      Um dos grandes problemas da sociedade é querer se enquadrar em estilos de vidas, em modinhas, em definições; frágeis e maleáveis definições. É criar expectativas baseadas na vida alheia. Cada ser humano é único e nunca deve esperar que aconteça com ele o que acontece com o outro. Isso em todos os planos da vida. Toda regra tem exceção e você pode ser essa exceção!
      Quem nunca ouviu a história de uma fulano de tal que passou a vida tentando encontrar a sua "alma gêmea", e quando menos esperava encontrou o seu grande amor? Lenda ou não, a história nos traz um pequeno e simples ensinamento; na verdade, não é um ensinamento, todos sabemos disso, mas por alguma razão o enterramos no fundo de nossas almas. Como podemos procurar algo se não sabemos do que se trata? É como pedir a alguém que procure um objeto desconhecido para esta pessoa. É assim que funciona para o amor. Nós só passamos a identificá-lo quando amamos, e para que isto ocorra, precisamos nos desvencilhar de tudo que nos leva a definir amor. Precisamos amar, simplesmente, amar...