sexta-feira, 13 de julho de 2012

Eu quero paz

      Eu só quero viver. Viver em paz. É pedir muito? Eu quero poder acordar com um grande vazio na mente, sem montes de informações se chocando contra a minha cabeça; quero flertar com o vizinho no elevador sem me achar uma completa idiota; quero conhecer novas pessoas, novos lugares, novos ares!; quero ser o 'amorzinho' de alguém; quero ser livre, livre de ti; quero ser feliz! Será que é pedir muito?
      Já cansei dos teus joguinhos idiotas, das tua mentiras absurdas e das tuas promessas quebradas. "Prometo melhorar, prometo te dar mais atenção, prometo isso, prometo aquilo...". Ah, pelo amor de Deus! Promete parar de fazer promessas, isso sim! Cansei de tudo. Parafraseando Emma Morley, eu te amo; eu te amo muito, mas só que agora eu não gosto mais de ti. É isso.
      Então, foda-se tudo! Cansei de chorar noites e mais noites, de perder o meu tempo pensando nos melhores conselhos pra te dar a respeito dos teus "relacionamentos", de ouvir falares o quanto fulana é 'gostosa', de agir com indiferença quando falas isso... CANSEI! És meu melhor amigo, mas tenho sido minha pior inimiga e tá na hora de pôr um fim nisso.
      Quero minha paz de volta, minha liberdade; quero me apaixonar de novo; quero amar e ser amada; quero que as pessoas, só ao me olhar saibam o quanto sou feliz; quero sorrir de novo - não aquele sorriso que esconde uma lágrima, mas o que ilumina um ambiente; quero me entregar a uma nova paixão sem receios; quero ter confiança em mim, no quanto sou especial, inteligente, bonita, carinhosa... Otimista demais? Quem sabe...  Mas é disso que estou precisando no momento, não importa quão ingênua eu esteja sendo.
      Sendo assim, eu te peço que me deixes. Não quero que te afastes ou que te esqueças de mim; só quero que pares de agir como se eu fosse um prêmio a ser (re)conquistado, fazendo uso das tuas mil e uma artimanhas e truques baratos - que eu costumava rir quando ganhavas uma garota com eles. Se sou tua melhor amiga, como dizes, tem pelo menos a consideração de levar em conta o que eu estou te pedindo. 
      O destino não nos pertence. Aquilo que foi feito pra dar certo, dará, não importa o tempo que leve para tal. Se for pra darmos certo, um dia acontecerá, da forma mais natural possível. Mas, por hora, eu só quero dar certo comigo mesma, me encontrar, achar meu caminho, acreditar em mim novamente. Me deixa ir, tá?! Quem sabe, um dia, eu ainda não volto pra ti...

domingo, 6 de maio de 2012

Leva e traz


       E mais uma vez eu me rendo às suas mãos no meu quadril, à sua boca no meu pescoço e às suas mentiras no meu ouvido. Não dá mais. Travei uma luta interna e percebi que eu era a única a perder com toda essa discussão em vão. Eu já sabia o que queria; eu já sabia onde isso ia terminar. Entretanto, tinha medo de admitir; era orgulhosa demais pra admitir...
      Mais aí vem você, com essa carinha linda, esse sorrisinho torto, esse cabelo desarrumado, que me deixa louca, e o meu orgulho, a minha dignidade, integridade e tudo mais que dizem por aí caíram por terra. E apesar de achar tudo isso errado, de achar que essa história já foi longe mais, quando estou nos seus braços, tudo isso desaparece. E isso basta.
    Até quando ficaremos nesse ‘leva e traz’? Quando eu acho que tomei minha decisão, colocando um ponto final nisso tudo, você aparece e bagunça toda a minha cabeça; sussurra no meu ouvido que estava com saudades, me olha daquele jeito – ai meu, Deus, só de pensar... –, segura a minha perna com aquela carinha cheia de malícia e eu me rendo. Meu corpo se entrega sem nem pensar. E eu acabo presa nessa odisseia; na minha odisseia.
     Eu não entendo como você pode ser um grande idiota, fazer um monte de besteira e mesmo assim eu só querer estar com você. Isso faz de MIM uma grande idiota. Mas, o amor faz isso com a gente, nos deixa cegos, surdos e mudos. Eu queria poder controlar a situação, mandar na minha mente e no meu coração, porém eu o amo; não há como negar.
     Entretanto, quando eu volto atrás, depois de insistentemente discutir com a minha consciência, me apareces com uma “nova” (traduzindo: uma nova merda!). Qual é a tua, hein, garoto?! Me responde, que isso está me deixando doida! Eu brigo comigo mesma – e com as minhas amigas – , te defendo, acreditando que podes mudar, ser diferente e a única coisa que fazes é provar mais uma vez que eu estou errada.
       Tudo o que eu queria é me sentir amada, ser só tua, e que fosses só meu também; o MEU neném. É pedir muito? Inevitavelmente, eu sei que é. Sei que não posso pedir nada disso, que está tudo errado e que essa história já passou dos limites (falando em limites, até o nosso entre amizade e ‘a gente’ já está se perdendo)...
       Mas, eu te peço uma coisa, e isso não podes me negar: quando me tiveres nos teus braços e olhares nos meus olhos, não me ilude, não me diz coisas falsas, só pra me agradar, porque vai doer... E vai doer muito.
Não sei quantas vezes mais teremos nossas idas e vindas, e até quando isso – essa nossa história, esse nosso casinho –, vai durar, mas, quero que saibas que, apesar de tudo, estou feliz;  tens me feito feliz como nunca ninguém o fez e como nunca ninguém entenderá. E pra terminar, te peço uma última coisa: não faz eu me arrepender desse nosso ‘leva e traz’.


sexta-feira, 9 de março de 2012

The (fuckin') End

      Estou aqui, taquicárdica, sem ar, tremendo, sentada ao teu lado, no banco da frente do carro, prestes a terminar contigo. A noite anterior foi longa e percebeste que as coisas não estavam bem. Pelo menos eu gostaria de acreditar que tivesses percebido. Talvez não soubesses a dimensão do que me angustiava ou do que se tratava, mas eu tenho certeza que sabias que havia algo de errado. Teus olhares preocupados, tuas caras e bocas me davam essa certeza. E é isso que me conforta; saber que nada foi em vão, que existia algo verdadeiro entre nós.
      Passei a noite inteira - fora as incontáveis semanas anteriores - pensando na decisão que tinha tomado, em como te contar, em como me fazer acreditar que essa era a coisa certa a se fazer. Te confesso que ainda tenho minhas dúvidas. Mas, tinha que fazer algo. Essa inércia estava me matando. Pode ser que me arrependa depois, mas fiz, o que pra mim, era o certo a ser feito agora. Só o tempo vai responder todas as minhas perguntas - que são muitas, por sinal.
      Meu estômago está embrulhando. E parece que quanto mais andamos, mais longe estamos da minha casa. Isso está ficando cada vez mais difícil. E pára de me olhar com essa cara! Não dificulta mais as coisas. Deves estar te perguntando o que aconteceu, porque estou agindo como uma estranha. Mas, não te passa pela cabeça que a nossa relação, o nosso "casinho", sejam os culpados disso tudo. É, meu amigo, você mexe demais comigo, e não poder gritar isso pra ti e pro mundo está me deixando louca.
      E é justamente esse o motivo do término, se é que queres saber; não poder te ter do jeito que eu gostaria foi o que me fez tomar essa decisão - talvez a mais difícil da minha vida, até o momento. Te ter em curtos intervalos de tempo, "sempre que desse", já não estavam mais funcionando pra mim.
      E chegou a "hora da verdade", a hora em que tudo vai se esclarecer e vou, por fim poder seguir em frente. A curtos passos, um dia de cada vez, mas vou. Esse era o plano, entretanto, ilusão minha de que eu conseguiria falar tudo isso. 
    Que droga! Na minha cabeça essa conversa parecia muito mais fácil. Não lembrava, porém, que teria de enfrentar teus olhares profundos, que me hipnotizam, sentir o teu cheiro tão perto de mim. Que droga! Não consegui dizer nada do que queria! Foi um fim ridículo, sem explicções, sem esclarecimentos, sem lágrimas. Acabou. Saiu tudo errado, mas sinto que fiz a coisa certa, apesar de tudo. Está doendo. Doendo muito. Mas, o tempo está a meu favor, e nada como um dia de cada vez para eu me recompor. Vai ficar tudo bem. Só é uma pena que nunca vais saber de nada disso...


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Tenho medo



Tenho medo de ser só mais uma, enquanto você tem sido o único pra mim.
Tenho medo de me entregar de corpo e alma e descobrir que tudo não passava de uma ilusão.
Tenho medo de ser sincera demais, abrir meu coração, falar tudo o que tenho vontade e você não se importar com nada do que eu digo.
Tenho medo de o meu abraço não significar nada pra você, enquanto estar nos seus braços é tudo o que preciso.
Tenho medo de ouvir um “Eu te amo” da boca pra fora, quando o que eu mais quero é ser amada.
Tenho medo de cansares das minhas piadas sem graça, da minha voz e do meu sorriso.
Tenho medo de acordares um dia e perceber o quanto eu sou chata e irritante.
Tenho medo de estar entendendo as coisas errado.
Tenho medo de não ser quem você esperava; de você se arrepender da graça.
Tenho medo de ser deixada por alguém melhor; um novo amor ou uma paixão antiga.
Tenho medo de não ser boa o suficiente.
Tenho medo de me doar por inteiro e sair machucada dessa história.
Tenho medo de te perder para a rotina, para o tempo, para sempre.
Tenho medo de ser a única a estar se sentindo uma idiota, boba e apaixonada.
Tenho medo de ser esquecida, apagada e de não significar nada.
Tenho medo de te dar todo o meu amor e não ser correspondida.
Tenho medo de sentir saudade e não mais poder matá-la.
Tenho medo...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Hipnose



Eu não te culpo. Sabes como ganhar uma mulher. Conseguiste me ganhar. Não tive tempo nem de pensar; já estava em teus braços, te olhando nos olhos, hipnotizada, sem conseguir me mexer, sem conseguir dizer não. E me beijaste. E me abraçaste como se soubesses do que eu precisava. Senti-me protegida e naquele momento soube que não poderia mais ficar sem aquilo.
Por que fizeste isso comigo, apareceste na minha vida e a deixaste de cabeça para baixo? Quem te deu esse direito? Eu que sempre vivi dentro do meu mundo, protegida de tudo que eu julgava me fazer mal, me vi completamente vulnerável com a tua presença. E isso me assustava. Retificando, isso ainda me assusta. E por mais que eu estivesse com medo, não conseguia resistir. Era muito mais forte que eu.
Quando começaste a falar, mil coisas passaram pela minha cabeça. As palavras fugiram da minha boca e eu fiquei imóvel. Só consigo me lembrar de uma coisa: da vontade que eu tava de te mandar ficar calado e de te beijar, porque já tinhas me ganhado. Me ganhaste com simples, porém sinceras palavras: “...eu tô muito nervoso; eu sou um idiota...”. Te ver falando todas aquelas coisas me impressionou. Não imagino de onde tenhas tirado tamanha coragem para abrir teu coração daquele jeito. Vi-me, então, sendo preenchida por um sentimento que eu não imaginava que pudesse crescer tão rápido.
E mal tínhamos nos beijado, pela primeira vez, sob aquela noite de lua cheia e eu já tinha a necessidade de te ter ao meu lado. Ainda não consigo entender o que fizeste comigo. Já tentei explicar, reexplicar, decifrar... e não obtenho a resposta. Me apaixonei por ti, pela pessoa que és e pelo que me tornei ao teu lado. Vou desistir de tentar entender e simplesmente aproveitar cada segundo que eu passar contigo, porque é aí que muitos erram, com essa necessidade insaciável do ser humano de entender todas as coisas e acabam por esquecer de vivenciar cada momento como se fosse único.
O que eu posso fazer, então, é agradecer por todos os momentos felizes que tens me proporcionado; pelos olhares, que me hipnotizam; pelas mãos na minha cintura, que me fazem sentir amada; pelos beijos, que me deixam sem fôlego; pelo melhor abraço do mundo; pelas risadas, as quais me lembram que, antes de mais nada, és meu amigo; pelos carinhos; pela sinceridade; e, sobretudo, por gostar de mim como eu sou, “fresquinha”, “princesinha”... Mas eu sou a TUA “princesinha”.
           Espero poder continuar escrevendo essa nossa história a quatro mãos, como disseste e continuar me surpreendendo a cada dia com essa nossa sintonia, que chega a assustar, mas que mostra que estamos no caminho certo e que tudo isso é real. Te amo, meu amor. Sem mais.



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Já chega...



Já chega, tá bom? E não é por nada, não. Eu só cansei de chorar durante horas antes de dormir por tua causa. Não me entenda mal... Não é que eu não te queira mais. É justamente o contrário. É que nesses últimos tempos eu ando te querendo na medida do impossível.
Sabe aquela história de “o problema é comigo e não contigo”? Pois é, é exatamente isso. É que eu não consigo mais me contentar em ser a tua segunda opção de relacionamento, ser a tua fuga, o teu refúgio. Eu quero mais, bem mais que isso.
Tá, eu sei. Sei que eu quebrei todas as regras, todas as promessas, que eu baguncei tudo. Eu prometi, sim, que essa nossa história seria fácil, que a gente não colocaria sentimentos no meio, que nos inspiraríamos naqueles filmes de amizades coloridas, de amigos com benefícios. Mas podias, pelo menos, ter tirado alguma lição deles. Consegues pensar em algum desses filmes que termine sem alguém apaixonado? É, nem eu. E eu, assim como esses personagens, caí na mesma armadilha. Quebrei todos os acordos, meti os pés pelas mãos, virei dependente de ti.
Eu só me pergunto se não sentes nada, nadinha mesmo. Se conseguiste separar perfeitamente a nossa amizade de todo o resto. Pergunto-me se tudo o que vivi contigo, os olhares que eu achava que eram só meus, os beijos carinhosos, tua mão procurando a minha, tua preocupação comigo, os segundos que a gente ficava de rostinho junto só pra sentir um ao outro, se não colocaste sentimento em nadinha disso. Porque, garoto, me enganaste direitinho se a resposta for não.
Então me diz, me diz logo se sentes alguma coisa. Porque eu não agüento mais essa dúvida, essa pergunta que não sai da minha cabeça um só segundo. Não que isso vá me fazer ficar, não dá mais. Já passou da nossa hora. Já cansei de ficar esperando teres um tempo pra mim. Eu só queria mesmo que fosses sincero comigo. Que segurasses na minha mão e dissesses que não sou só eu que tenho medo de seguir em frente, de te deixar pra trás.
Mas deixa pra lá. Eu sei que não vais fazer isso. Sei por que te conheço inteiramente, de pratos prediletos a amores e desejos pro futuro. Sei o que farias na maioria das situações. Então, só dessa vez, me surpreende, tá? Não dificulta, me deixa ir embora sem prolongar mais ainda essa história. Machucada eu já estou. É que eu só queria mesmo sair disso tudo ainda acreditando em mim mesma. Só me faz um favor. Me deixa seguir em frente, mas não vai embora da minha vida. Apesar de tudo, eu ainda preciso, e muito, de ti.

Texto por uma grande amiga que precisava desabafar