sábado, 10 de dezembro de 2011

O dia em que me ganhaste

      Me perdi no teu olhar. Me perdi no teu sorriso. Maldita hora em que apareceste na minha vida. Maldita hora em que o meu olhar encontrou o teu e retribuíste com um meio sorriso. O sorriso torto mais lindo do mundo. E eu já te odiava por isso. Te odiava por me ganhar com essa cena ridícula em que palavras não eram pronunciadas e nem pensadas. 
      Minha mente era um completo vazio, como se a tivesses invadido e roubado todos os meus pensamentos e angústias. E me olhavas profundamente, como um aventureiro pisando em terra nova pela primeira vez. Percorrias meu corpo e minha alma sem ao menos me tocar. Senti-me despida na frente de um completo estranho e aquele calor estranho começou a tomar conta do meu rosto; eu estava vermelha e sem graça. E te odiava por isso.
      Eu, estática, imóvel, sem conseguir mexer um músculo do meu corpo, e parecias te divertir com isso. Fizeste de mim o teu palco e deste o teu show. Não me prometestes mundos, palácios, estrelas, sonhos... Não prometestes me amar até a eternidade. Só prometeste uma coisa: me arrependeria de não me entregar a ti. Como eras audacioso... E como tinhas razão... 
   De repente, meus pensamentos foram devolvidos ao seu lugar de origem. Me vi completamente perdida e confusa no meio de frases, palavras soltas e sem sentido... Quando abri os olhos, acariciavas o meu cabelo e pude sentir teus lábios tremendo indo de encontro aos meus com tamanha força e necessidade, que eu parecia a droga em que estavas de abstinência. 
      Eu não conseguia explicar como as coisas chegaram a esse ponto. A última coisa de que podia me lembrar era do quanto eu te achava um idiota, metido a badboyzinho, com aquele cabelo desgrenhado. Lindo, por sinal... Me hipnotizaste, me transformaste no teu brinquedo particular e eu me entreguei somente a ti. E tudo o que queria naquele momento é que tivesses me prometido o céu, as estrelas, o mundo, como um bobo apaixonado. Mas a única coisa que me prometeste foi de que "aquilo", o nosso "casinho" ficaria somente entre nós.
       E partiste, desapareceste, quando tudo o que eu queria era que ficasses. Levaste contigo um pedaço meu e também deixaste em mim a tua marca, um buraco no meio do meu peito, que teima em não cicatrizar. Me vi perdida novamente, e cada cena, cada acontecimento percorriam rapidamente a minha mente e ao final de tudo isso podia te ver, com aquele sorriso torto que me consquistou de cara, pedindo que eu fosse tua.
       As lágrimas têm sido minhas companheiras de momentos como esse, em que tento  juntar as peças do quebra-cabeça da nossa história. Mas, eu não posso reivindicar nada... Sempre foste sincero comigo. Nunca me prometeste o que não podias me dar. E até mesmo quando eu não queria, tinhas razão. Apesar de tudo, de toda a dor, eu me arrependeria de não me entregar a ti.

Um comentário:

  1. Ah se tu soubesses como eu estou aí dentro desse texto... aah se tu soubesses que orgulho tenho de ti menina! *-*

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