Ano Novo, vida nova, novos amores, sonhos renovados, novas promessas, novos erros, novas decepções e velhos hábitos de prometer que tudo será diferente.
Se pararmos para pensar, a mudança de ano nada mais é do que um marco, uma data no calendário que simboliza o fim de um período e início de outro. Na prática, contar os anos não passa de uma necessidade do ser humano de ter o controle de tudo, inclusive do tempo.
Assim, seguindo essa lógica de que o homem cria certas coisas, certos marcos, para se sentir vivo, para depositar suas esperanças quando tudo vai mal, criamos o costume de comemorar a entrada do novo ano fazendo promessas, pedidos, que acabamos por esquecer ao longo do ano seguinte. Qual o sentido disso tudo? É a tal necessidade de acreditar que tudo vai melhorar com palavras e promessas sopradas ao vento? Doce ilusão, que fazemos questão de manter por anos a fio...
Criemos um novo hábito. Ao invés de prometermos amar mais, estudar mais, trabalhar mais, ser mais feliz, amemos, estudemos, trabalhemos, sejamos felizes! Temos realmente que esperar um ano inteiro para PROMETER o que deveriamos fazer todos os dias? E mais importante que isso: não devemos nos preocupar tanto em acertar sempre. No lugar de "Esse ano eu vou errar menos, me concentrar mais nos meus objetivos...", usemos "Nesse novo ano eu vou viver a minha vida, vou errar e acertar, mas vou ser feliz..."
Costumamos também nos arrepender de tudo aquilo que não saiu de acordo com os nossos planos e acabamos por nos martirizar, como se a culpa de as coisas perderem o rumo fosse única e exclusivamente nossa. Ao contrário, devemos agradecer por conseguir passar por tudo isso tirando um grande aprendizado e nos fortalecendo a cada queda. A vida é muito curta para lamentarmos cada falha.
Que 2012, então, seja um ano diferente. Não de promessas, mas de atos concretos, de sonhos realizados, de amores reais, paixões platônicas, amizades verdadeiras, irmandade, e sobretudo de erros, angústias, medos, insegurança. Afinal, viver é isso. E sonhar! Sonhemos pra valer! Lutemos por nossos sonhos; não façamos deles só mais uma "promessa" de Ano Novo.
Não precisamos de "vida nova", de "novos sonhos", "novos amores"... Só necessitamos colocar em prática tudo o que prometemos naquele minuto da virada de ano. Não como uma meta a ser alcançada, mas como uma forma de viver. Assim, no ano seguinte, promessas já não serão necessárias, e sem nos dar conta, teremos conseguido grande parte do que almejávamos. Com um adicional: estando felizes.
Entretanto, como não é fácil abandonar um hábito e instituir outro tão rapidamente, na virada de ano, façamos as nossas costumeiras promessas. Porém, ao invés de prometer o que é mais difícil e que facilmente será esquecido no próximo ano, comecemos pelo mais fácil, prometendo ser feliz, amar e ser amado, sorrir, ser amigo... Se conseguirmos cumprir pelo menos metade disso, o nosso ano já terá valido à pena.
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